GRBC Amor à Natureza
Pra quem costuma dizer que “no Parque Colúmbia nunca acontece nada”, que “nesse lugar a única diversão é ir pra igreja” – deve ser por isso que temos tantas – e que “o Colúmbia fecha pra dormir”; este post vai mostrar que isso nem sempre foi assim: pois o nosso bairro já teve inclusive um bloco de Carnaval! O Grêmio Recreativo Bloco Carnavalesco Amor à Natureza.
Fundado em meados dos anos 70 (foi em 76 ou em 77?) pelo Sr. Orlando, então conhecido e próspero “corretor zoológico” com negócios sediados na lanchonete da Rua 01, o bloco logo congregou diversos moradores cujo esfuziante espírito carnavalesco ficara escondido por não terem, no bairro, onde afinar seus tamborins: Chiquinho, Lúcia, Isac, Serginho etc.
Ora, sendo o fundador um microempresário do ramo de apostas animalescas, fica claro o porquê do nome: era uma forma de homenagear os 25 bichinhos que colaboravam com o empreendimento de nosso amigo. Entretanto, o nome acabou por atrair outros bichos e bichas que, no bairro, não tinham a liberdade de expressão desejada. Logo logo toda essa gente pôde abrir suas asas, soltar suas feras, entrar nessa festa e mandar sua tristeza embora no Carnaval.
O bloco desfilava na Rua Mercúrio, Pavuna – onde sempre ocorriam os desfiles dos blocos de Pavuna, Colúmbia, Ricardo, Anchieta, Mariópolis e adjacências – chegando a ser premiado em alguns deles. Além disso, o bloco sempre saía quando havia algum evento importante e a comunidade do bairro ia pra rua comemorar: a vitória do Flamengo no Mundial de Clubes de 1981, os jogos da Copa do Mundo de 1978 e 1982, enfim qualquer motivo era um bom motivo pra botar o bloco na rua, em bom sentido.
Conta-se a lenda de que o bloco causou frisson no desfile de 1981, quando trouxe um conhecido homossexual do bairro, vestido como destaque feminino, no carro alegórico: parece que as “meninas” da Pavuna de-li-ra-ram com a ousadia columbiana, que antecipava em sete anos o famoso desfile da Beija-Flor (1988) em que o Jorge Lafond apresentou-se vestido apenas com uma camisinha enfeitada. (Falando na Bejá-Fulô, a bandeira e as cores do bloco eram azul e branca, com um passarinho desenhado, lembrando a dita cuja associação nilopolitana).
Fundado em meados dos anos 70 (foi em 76 ou em 77?) pelo Sr. Orlando, então conhecido e próspero “corretor zoológico” com negócios sediados na lanchonete da Rua 01, o bloco logo congregou diversos moradores cujo esfuziante espírito carnavalesco ficara escondido por não terem, no bairro, onde afinar seus tamborins: Chiquinho, Lúcia, Isac, Serginho etc.
Ora, sendo o fundador um microempresário do ramo de apostas animalescas, fica claro o porquê do nome: era uma forma de homenagear os 25 bichinhos que colaboravam com o empreendimento de nosso amigo. Entretanto, o nome acabou por atrair outros bichos e bichas que, no bairro, não tinham a liberdade de expressão desejada. Logo logo toda essa gente pôde abrir suas asas, soltar suas feras, entrar nessa festa e mandar sua tristeza embora no Carnaval.
O bloco desfilava na Rua Mercúrio, Pavuna – onde sempre ocorriam os desfiles dos blocos de Pavuna, Colúmbia, Ricardo, Anchieta, Mariópolis e adjacências – chegando a ser premiado em alguns deles. Além disso, o bloco sempre saía quando havia algum evento importante e a comunidade do bairro ia pra rua comemorar: a vitória do Flamengo no Mundial de Clubes de 1981, os jogos da Copa do Mundo de 1978 e 1982, enfim qualquer motivo era um bom motivo pra botar o bloco na rua, em bom sentido.
Conta-se a lenda de que o bloco causou frisson no desfile de 1981, quando trouxe um conhecido homossexual do bairro, vestido como destaque feminino, no carro alegórico: parece que as “meninas” da Pavuna de-li-ra-ram com a ousadia columbiana, que antecipava em sete anos o famoso desfile da Beija-Flor (1988) em que o Jorge Lafond apresentou-se vestido apenas com uma camisinha enfeitada. (Falando na Bejá-Fulô, a bandeira e as cores do bloco eram azul e branca, com um passarinho desenhado, lembrando a dita cuja associação nilopolitana).
A mobilização dos moradores conseguiu até que o bloco tivesse sua própria quadra, após anos sediado numa casa de Rua Edmundo Júnior. A sede foi construída em 83, creio, no terreno da atual sede da Associação de Moradores (AMC); contudo, já a partir de 1985, a queda de frequência ao bloco, unida a intrigas internas, fizeram com que o Amor à Natureza entrasse em rápida decadência, realizando seu último e melancólico desfile em 1987. Mas até hoje, tenho certeza, alguns senhores respeitáveis suspiram e se abanam, saudosos, quando lembram dos desfiles do bloco.
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